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domingo, 30 de novembro de 2008

Literatura de Cordel.

A literatura de cordel é um tipo de poesia popular , originalmente oral , e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis , o que deu origem ao nome que vem lá de portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.
No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta manifestação de folheto) , mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes . São escritos de forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
História
A história da literatura de cordel começa com romanceiro luso-espanhol da idade média e do Renascimento. O nome cordel está ligado á forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis.Inicialmente , eles também continham peças de teatro , como as de autoria de Gil Vicente ( 1465-1536). Foram os portugueses que trouxeram o cordel para o Brasil desde o inicio da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com características próprias daqui. Os temas incluem desde fatos cotidiano, episódios históricos , lendas, temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião( Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente GetúlioVargas.(1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado . Não há limite a criação de temas dos folhetos . Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.
No Brasil , a literatura de cordel é peodução tipica do Bordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco , da Paraiba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros estados , como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras-culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
Os poetas Leandro Gomes de Barros (1865-1918) estão entre os principais autores do passado.
Aspectos interessantes :
  • As suas gravuras , chamadas xilogravuras, representam um importante espólio do imagináio popular.
  • Pelo fato de funcionarem como divulgadoras da arte cotidiano, das tradições populares dos autores locais (lembre-se a vitalidade deste gênero aindo no nordeste do Brasil), a literatura de cordel é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a manutenção do folclore nacional.
  • Pelo fato de poderem ser lidas em sessões públicas e de atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disseminação de hábitos de leitura e lutam contra o analfabetismo.
  • A tipologia de assuntos que cobrem , critica social e politica e textos de opinião ,elevam a literatura de cordel ao estandarte de teor didático e educativo.

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